RAPHAEL LIMA | PSICOLOGIA

ANSIEDADE
Pensamentos para a Tempestade
Algumas ideias centrais imprescindíveis para a superação e resistência aos momentos de crises que, inevitavelmente, passamos na vida.
– ACEITAR: Somos uma espécie milagrosa, improvável e frágil em um canto misteriosamente oxigenado do universo. Nunca fomos e nunca seremos mestres completos de nossas circunstâncias, permanecemos invariavelmente à mercê de forças incontroláveis ​​impressionantes às quais devemos nos submeter com certa graça.
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– CONCEDE: Nossa impotência diante dos acontecimentos, a impotência de nossos poderosos cérebros, a humilhação infligida a nós pela natureza, nossa vulnerabilidade aos absurdos da vida microbiana.
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– DEIXE IR: de ideais de perfeição, de vidas inigualáveis ​​e trajetórias impecáveis. Devemos esperar – regularmente – ser pegos totalmente de surpresa.
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– SEM PERSEGUIÇÃO: Nada disso foi feito pensando em nós. Não fomos escolhidos. Podemos ser vítimas; nunca fomos alvos.
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– AMOR: Nossos companheiros humanos quebrados; estender a mão para nossos vizinhos igualmente assustados e confusos, construir amizades em torno da sempre surpreendente e abençoada descoberta da vulnerabilidade mútua.
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– SERVIR: Obtenha alívio de como é muito mais rico amar do que ser amado e quão mais gratificante é servir do que ser servido. Tire férias da busca cansativa de auto-realização em nome desse objetivo infinitamente mais fácil: a segurança e o alívio dos outros.
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– PESSIMISMO: Ganhe paz de espírito não esperando o melhor, mas observando o pior e ficando em paz em seus recessos mais sombrios. Drene o terror de suas dimensões não examinadas. Aborreça-se de medo.
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– APRECIE: principalmente o canto dos pássaros, os desenhos dos menores de 7 anos, fotos de palmeiras, limões e as lembranças de praias e abraços.
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– RISO: Do absurdo do show de merda; insistir em humor desafiador no caminho para a forca.
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– AUTOPERDÃO: Pela nossa incapacidade de sermos exatamente como gostaríamos e tão calmos e inteligentes quanto gostaríamos. É normal (e quase são) ser demente a maior parte do tempo.
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– PEQUENOS PRAZERES: Um dia de cada vez; com um lugar especial para prazeres modestos: a visão de flores, chocolate, banhos quentes e piadas muito sombrias com amigos inabaláveis.
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Viemos de uma espécie que, em apenas algumas centenas de milhares de anos, alcançou uma compreensão deslumbrante da existência, construiu algumas máquinas estupendas e aprendeu a se considerar no comando. Talvez precisemos aceitar a necessidade de sentir, tarde da noite, um pouco de medo – e por um tempo, muito, muito pouco.
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